quarta-feira, 9 de junho de 2010

Na Atualidade...





Em fevereiro deste ano estreiou um filme, que por sinal com um ótimo elenco (Jessica Alba, Jessica Biel, Bradley Cooper, Eric Dane, Patrick Dempsey, Hector Elizondo, Jamie Foxx, Jennifer Garner, Topher Grace, Anne Hathaway, Queen Latifah, Shirley MacLaine, Emma Roberts, Julia Roberts, Taylor Lautner, Taylor Swift, Ashton Kutcher, Carter Jenkins, Brooklynn Proulx), que conta a história de um grupo de habitantes de Los Angeles que possui algumas coisas em comum, e que de alguma forma suas vidas se cruzam em um Dia Dos Namorados, casados e solteiros vivenciam altos e baixos para encontrar, manter ou até mesmo terminar relacionamentos, o bacana é que mostra a diversidade das formas de amor, e de como ela é vista, nos dá até a idéia de como ele evoluiu mostrando o amor entre idosos e os jovens de hoje.

Real X Imaginário



É fácil percebermos que o amor é um tema que oscila muito entre o real e o imaginário.
Imaginário pois ele é capaz pode superar todos os conflitos, o amor entre parentes próximos, a sexualidade e a morte, mas ao mesmo tempo real por real por que apela fato da virgindade sido desvalorizada, e a maldição que se punha sobre a sexualidade foi se “aliviando” e por esse motivo há um balanço entre amor espiritual e amor sexual, por muitas vezes o amor passar por diversas brigas, idas e vindas, o que é extremamente normal entre casais.

Evolução na forma de pensar...




Nas primeiras décadas o espiritual era muito valorizado e o sexual era visto como uma maldição pecadora, principalmente nos romances populares e no cinema da época era muito representado pelos personagens: virgem inocente, herói casto, mulher perversa e do nobre sedutor. Nesta mesma década de 30 começam a se diluir esses temas, e integrar-se a outros como alguns temas impuros, um amor ao mesmo tempo carnal e espiritual, simbolizado pelo beijo na boca, a atração sexual e a afinidade das almas mostram essa interação. Há também a chegada de um amor denominado sintético retratado por uma mulher que atende o homem – agora como protetor e protegido, fraco e forte – em todos os aspectos: como amante, como companheira e como “mãe”.


A Chegada do "Happy End"...

No final do Século XIX e início do XX, surgiu um novo gênero de teatro, o drama burguês, no qual se pretendia unir as linguagens próprias da tragédia e da comédia.


Mas é na década de 30 que o tema fica bastante marcado, por causa do "happy end" o tão conhecido "final feliz".

Como é retratado no filme "Frankenstein", a história gira em torno de um cientista, Henry Frankenstein que é obcecado com a ambição de criar vida artificialmente. Ajudado por um anão corcunda, Fritz, ele rouba cadáveres dos cemitérios para completar a sua criatura. Na procura por um cérebro, Fritz vai até a faculdade de medicina de Goldstadt e erradamente pega um cérebro de um criminoso em vez de um normal, dando uma personalidade agressiva ao monstro. Preocupados com o exílio do cientista, que se refugiou numa torre abandonada para fazer suas experiências, sua noiva Elizabeth, seu melhor amigo Victor e seu antigo professor Dr. Walman, vão procurá-lo. Enquanto isso, o jovem cientista se aproveita da energia elétrica criada por uma forte tempestade e em seu laboratório, ajudado por um maquinário bizarro, ele dá vida a uma criatura inanimada.



O monstro de Frankenstein é então mantido preso numa velha masmorra na torre e atormentado pelo anão Fritz. Ele acaba se despertando para o ódio e estrangula o ajudante do cientista. Após muita dificuldade, o monstro é controlado e Henry Frankenstein sofre um colapso nervoso indo para sua casa descansar, deixando a sua criatura nas mãos do Dr. Waldman. No dia do seu casamento com Elizabeth, o cientista é avisado que o monstro havia matado o Dr. Waldman e escapado, circundando os arredores do vilarejo. Depois de afogar acidentalmente uma menina, filha de um agricultor, ele desperta a fúria dos aldeões que passam a caçá-lo, e o jovem Frankenstein junta-se a eles. Chegando num velho moinho, o cientista se confronta com sua criatura, perde a consciência mas consegue escapar momentos antes dos aldeões atearem fogo. O moinho se queima presumivelmente destruindo o monstro e Frankenstein salvá-se para casar com Elizabeth.


O Romance Quimérico...




No Século XVII chega o Romance Quimérico, um romance imaginário, irreal.
Muito bem representado pela obra "El ingenioso hidalgo Don Qvixote de La Mancha", muito conhecido por "Dom Quixote" escrito por Miguel de Cervantes, com a primeira edição publicada em Madri no ano de 1605.
Retrata a história de um senhor fidalgo rico que gostava tanto de ler novelas sobre as cavalarias andantes dos séculos XI a XII que acaba “entrando” dentro delas , passando a agir como um cavaleiro.
A partir daí, o personagem principal vive incríveis e inacreditáveis aventuras pelas cidades espanholas, sempre acompanhado pelo seu fiel escudeiro. E inspirado por sua amada Dulcineia del Toboso, que era uma criada feia, mas para que Dom Quixote era a mais bela dama, por causa de um romance que havia tido com uma camponesa.



No Brasil Gregório de Matos, também conhecido como "Boca do Inferno", por trazer muitas críticas e não conter "papas na língua" também deixou poesias com um ar de romance quimérico, como neste trecho seguinte, extraído da obra: "Antônia":


"Dai-me licença, Antonica
para eu ir à vossa casa
para beijar-vos as mãos
e para: não digo nada."

O Amor Cortês



O Amor Burguês trata-se de um relacionamento entre um homem solteiro e uma mulher podendo até ser casada, normalmente até com o senhor do cavalheiro. Este homem, então, ferido de amor ( no sentido carnal), sonha apoderar-se desta mulher. Essa mulher é muitas vezes esposa de seu próprio senhor, portanto é dona da casa que este freqüenta, ou seja, ela está hierarquicamente acima dele, é seu vassalo. Por ela, deixa de ser livre.
O amor cortês é como um jogo, uma aventura, o mais excitante eram os perigos, permeado por códigos secretos, discrição, olhares furtivos e pela ânsia de estarem junto com esta dama secretamente.
Resumindo em uma frase o amor cortês é:


"é uma flecha que penetra pelos olhos, e crava-se no coração,
incendeio-o, traz-lhe o fogo do desejo"

Tristão e Isolda

O Surgimento do Tema Amor...

Como vimos, a cultura de massa é algo feito para toda a população, mas esse pensamento só começa a ocorrer depois da Idade Média, que as produções literárias deixa de estar apenas entre o clero e começa a se espalhar a quem possuía educação suficiente, ou seja, que soubesse ler, e quem tivesse tempo para isso.
A partir daí o amor já começa a ser representado, com as poesias amorosas, romance cortês, e alguns textos históricos.
A partir daí o amor começa a se tornar um tema muito usado e a se universalizar, e com isso vai se adequando aos padrões das épocas, como se fosse evoluindo...